No Eskudo News dessa semana:
🧠 Inteligência Artificial
Empresas brasileiras enfrentam aumento de ataques cibernéticos impulsionados por IA
A crescente utilização da Inteligência Artificial (IA) por cibercriminosos tem elevado significativamente o número de ataques cibernéticos no Brasil. Segundo a Brasscom, cerca de 55% das empresas nacionais relataram ataques com IA generativa, superando a média global de 51%.
Ferramentas de IA vêm sendo aplicadas na criação automatizada de malwares, na condução de campanhas de phishing mais sofisticadas e na exploração ágil de vulnerabilidades. Essa evolução técnica amplia o impacto e a complexidade das ameaças digitais enfrentadas pelo setor privado.
Apesar dos riscos, especialistas destacam que a IA também pode ser uma importante aliada na proteção cibernética. A mesma pesquisa da Brasscom mostra que 97% das empresas acreditam que a IA será essencial na defesa contra ataques.
O cenário atual tem impulsionado investimentos em soluções baseadas em IA, especialmente para análise de padrões de comportamento e resposta a incidentes em tempo real. No entanto, desafios como a escassez de mão de obra qualificada e dilemas éticos ainda são barreiras relevantes à adoção plena dessas ferramentas.
O Brasil entra, assim, num momento decisivo: o mesmo avanço tecnológico que alimenta ataques pode — se bem usado — se tornar a principal linha de frente da defesa cibernética empresarial.
Fonte: Brasscom
📊 Governança e Risco
Relatório da PwC destaca desafios e oportunidades na cibersegurança global
A pesquisa Global Digital Trust Insights 2024 da PwC aponta que 47% das organizações já utilizam IA generativa para mitigar riscos cibernéticos — e 69% pretendem expandir esse uso em 12 meses. Ainda assim, apenas 5% afirmam estar plenamente satisfeitas com suas capacidades tecnológicas em áreas-chave como gestão de identidade e segurança na nuvem.
Além disso, 36% das empresas sofreram violações superiores a US$ 1 milhão em 2024, frente aos 27% do ano anterior. O setor de saúde foi o mais impactado, com quase metade das organizações enfrentando incidentes significativos.
O relatório também evidencia lacunas importantes em governança: muitas empresas ainda operam sem planos de gestão de risco compatíveis com as ameaças modernas, especialmente no que tange à nuvem.
Mesmo com a ascensão de tecnologias promissoras, a maturidade organizacional ainda não acompanha o ritmo da sofisticação dos ataques. A PwC sugere uma abordagem integrada, unindo IA, boas práticas de compliance e fortalecimento da governança digital.
Os dados reforçam a necessidade de um planejamento mais robusto, capaz de transformar inovação tecnológica em resiliência cibernética.
Fonte: PwC
🔐 Ameaças e Tendências
Fortinet alerta para aumento do Cybercrime-as-a-Service impulsionado por IA
Segundo o relatório Global Threat Landscape 2025 da Fortinet, o uso de IA por cibercriminosos está industrializando o crime digital. Com automação de ataques e criação de malwares à venda como serviço (Cybercrime-as-a-Service), qualquer usuário com baixo conhecimento técnico pode executar ações devastadoras.
A IA permite reconhecimento autônomo de vulnerabilidades, personalização de ataques e adaptação a diferentes alvos em tempo real. Isso diminui o tempo entre a descoberta de falhas e sua exploração efetiva, exigindo respostas mais ágeis das equipes de defesa.
A Fortinet enfatiza a necessidade de uma virada estratégica: abandonar reações pontuais e adotar frameworks como zero trust, IA defensiva e exposição contínua a simulações realistas.
O relatório também chama atenção para a nova dinâmica do crime digital, cada vez mais descentralizado, automatizado e “profissionalizado” — um cenário que desafia legislações e mecanismos tradicionais de resposta.
Diante disso, a preparação passa por antecipação. Inteligência e automação devem ser armas do lado certo da batalha cibernética.
Fonte: SecurityBrief UK
🛰️ Infraestrutura Crítica
ESA inaugura Centro de Operações de Segurança Cibernética para proteger ativos espaciais
A Agência Espacial Europeia (ESA) acaba de inaugurar seu novo Centro de Operações de Segurança Cibernética (C-SOC), com o objetivo de proteger satélites, sistemas de controle de missão e estações terrestres contra ameaças digitais.
O centro funcionará a partir de duas localizações independentes, garantindo redundância e continuidade operacional. A medida responde ao aumento de riscos envolvendo infraestrutura espacial crítica e à crescente dependência global de serviços orbitais.
Além de proteger suas operações, o C-SOC atuará de forma integrada com outras agências internacionais, promovendo o compartilhamento de informações e melhores práticas de resposta a incidentes.
A criação do centro reforça o papel estratégico da segurança cibernética na era espacial. Com satélites envolvidos em áreas sensíveis como meteorologia, geolocalização e comunicação, a proteção digital do espaço se torna um novo pilar da soberania tecnológica. A iniciativa da ESA é um marco no reconhecimento de que, hoje, a defesa cibernética precisa alcançar até as órbitas da Terra.
Fonte: ESA
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