Eskudo News – 26/06/2025

Adoção de IA em Cibersegurança cresce no Brasil: 75% dos líderes planejam implementar agentes até 2027

A adoção de agentes de inteligência artificial pelas equipes de segurança da informação deve crescer de forma significativa nos próximos dois anos no Brasil. Atualmente, 46% das organizações nacionais já utilizam algum tipo de agente de IA para tarefas como automação de respostas, detecção de ameaças e auditoria. Esse número, segundo dados do relatório “State of IT”, divulgado em 24 de junho de 2025, deve alcançar 75% até 2027.

O levantamento, que ouviu dois mil líderes globais — incluindo uma centena de profissionais brasileiros — também aponta os desafios que esse avanço enfrenta. Quase metade dos entrevistados no Brasil (46%) apontou a falta de bases de dados confiáveis como um dos principais entraves para a adoção plena da tecnologia. Além disso, 47% demonstraram preocupação com a ausência de salvaguardas jurídicas e de conformidade regulatória para o uso desses agentes no contexto corporativo.

Apesar das dificuldades, 74% das empresas brasileiras afirmaram que pretendem aumentar seus investimentos em segurança da informação, principalmente para mitigar riscos relacionados à manipulação de dados, como o chamado “data poisoning”. A maioria também reconhece que a IA pode auxiliar no cumprimento de normas de privacidade, embora 73% alertem que a tecnologia cria novos dilemas regulatórios. Apenas 49% dizem confiar plenamente em sua capacidade de aplicar IA em conformidade com as leis locais.

Outro ponto de atenção é a confiança dos consumidores. Segundo o relatório, ela caiu de 58%, em 2023, para 42% em 2025. Internamente, 54% dos líderes de TI ainda questionam a precisão das decisões geradas por IA, enquanto 62% não sabem de que forma os dados estão sendo utilizados pelos algoritmos. Mais da metade das empresas (54%) sequer atualizou suas diretrizes éticas para lidar com o novo cenário.

À medida que a inteligência artificial se consolida como parte estratégica das operações de segurança, especialistas alertam que será necessário investir mais em governança de dados do que na própria tecnologia. Em média, os orçamentos destinados à preparação da infraestrutura de dados são quatro vezes maiores do que os voltados para IA diretamente. No Brasil, o desafio não será apenas técnico: exigirá maturidade regulatória, transparência e responsabilidade no uso das novas ferramentas.

Fonte: TI Inside – https://tiinside.com.br/25/06/2025/pesquisa-75-dos-lideres-de-ti-brasileiros-pretendem-adotar-agentes-de-ia-em-dois-anos/


Centro Integrado de Inteligência Artificial do DF é inaugurado com aporte de R$ 5 milhões

Na última quinta-feira, 22 de maio de 2025, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou oficialmente o Centro Integrado de Inteligência Artificial (CIIA), com investimento inicial de R$ 5 milhões aportados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). A cerimônia foi realizada no Palácio do Buriti e contou com a presença da vice-governadora Celina Leão e de autoridades como o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman.

O CIIA surge da parceria entre o GDF, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e o Instituto Hardware Brasil (HBr), com o propósito de articular esforços entre governo, universidades, empresas e a sociedade civil. As instalações estão localizadas no Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC), onde funciona o Laboratório de Inteligência Artificial (LIA), equipado com infraestrutura de computação de alto desempenho.

O centro opera sob uma estrutura composta por um Núcleo de Gestão e vários Núcleos de Inteligência Artificial (NIAs) temáticos, voltados aos setores de saúde, educação, segurança pública e justiça. O NIAJus, por exemplo, já havia desenvolvido a plataforma ALEI-1G, usada para agilizar a triagem processual no TRF-1, e passa agora a operar no âmbito do CIIA.

Segundo Reisman, a meta é que o CIIA receba demandas reais dessas secretarias, permitindo a criação ágil de soluções inteligentes para os desafios cotidianos do DF. Nas palavras da vice-governadora, “a IA já é uma realidade no mundo todo e agora passa a beneficiar também o cidadão do Distrito Federal”.

A previsão é de que cerca de 80 profissionais — pesquisadores, professores, consultores e startups — atuem diretamente no centro em sua fase inicial. As ações do CIIA serão guiadas por quatro eixos: pesquisa, capacitação, inovação & empreendedorismo e desafios, que incluem competições e hackathons voltados à solução de problemas públicos.

Fonte: Correio Braziliense, Agência Brasília, FAPDF, Repórter Capital, CIIA.com.br


SOC assume papel central na defesa digital brasileira diante da escalada de ataques cibernéticos

O aumento das ameaças digitais tem impulsionado a adoção de Centros de Operações de Segurança, conhecidos como SOC, por empresas de diferentes setores no Brasil. Esses centros combinam inteligência artificial, Big Data e plataformas de SIEM para monitorar logs, analisar comportamentos e identificar padrões suspeitos, o que torna possível prevenir, detectar e responder a incidentes em tempo real.

Um estudo global conduzido pelo Ponemon Institute em parceria com a IBM, entre março de 2023 e fevereiro de 2024, revelou que o custo médio de uma violação de dados atingiu US$ 4,9 milhões, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. No Brasil, os custos pós-violação foram ainda mais impactantes, com estimativas de crescimento de 75%, estimulando investimentos no fortalecimento das defesas digitais.

Dario Caraponale, CEO da Strong Security Brasil, destaca que os SOCs têm fundamentado a conformidade com a LGPD, ISO/IEC 27001, PCI-DSS e o NIST Cybersecurity Framework. Ele afirma que o monitoramento permanente e as análises automatizadas permitem respostas mais rápidas e a continuidade dos negócios.

Além disso, a adoção de SOC-as-a-Service tem ganhado força entre empresas que preferem terceirizar a operação para usufruir de alta capacidade técnica sem investir em infraestrutura própria. Plataformas de SIEM, por sua vez, agregam dados de múltiplas fontes e alimentam modelos de machine learning e IA, acelerando a detecção de anomalias.

Especialistas ressaltam que, ainda que a tecnologia seja crucial, ela não substitui a necessidade de planos formais de resposta a incidentes, que devem incluir processos de identificação, contenção, erradicação e recuperação. A combinação de tecnologia, processos claros e equipes especializadas é considerada essencial para garantir a resiliência cibernética.

Fonte: Tupi.fm, Estado de Minas, CyberSafeZone, CNN Brasil, Check Point Report

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